Mini Clubman 1100 Saloon – O meu pequeno Mini
Caraterísticas técnicas:
Modelo: Mini Clubman 1100 Saloon
Ano: 1978
Cilindrada: 1098cm3
Potência: 49 cv a 5250 rpm
Binário máximo: 8,3 mkg a 2500 rpm
Velocidade máxima: 125 km/h
Caixa de velocidades: 4 velocidades
Transmissão: Dianteira. Uso de veios de cardan sólidos nas rodas da frente com estrias inversas e juntas hemisféricas.
Observações: Os comuns travões de tambor foram substituídos por travões de disco ventilados (Os travões de tambor criavam muitas vibrações e sempre que precisava de os usar nunca sabia onde ele iria parar!) Os pneus originais para jante de 10″ foram substituídos pelos atuais de 13″, mais robustos!
Passados uns anos – e com o carro ali parado – perguntava-me se um dia, depois de tirar a carta de condução, iria andar com ele e se o meu pai mo venderia. A resposta foi negativa e foi a birra total! Quer dizer, não se tira nunca o brinquedo à criança! (naquela altura…). Passados mais alguns anos, e depois de tanto mendigar ao meu pai, ele lá se resolveu a presentear-me com a tal esperada surpresa no dia do meu aniversário: um MINI!! Lá estava ele, debaixo de um pinheiro, cheio de pó, mossas, montes de ferrugem e pneus em baixo; resumindo: completamente podre! E eu todo radiante com o pequeno!
Pôs-se o motor a trabalhar e lá veio ele… a mandar rateres, todo torcido, com as suspensões todas desajustadas e com os pés quase a roçar no alcatrão tal era a quantidade de ferrugem nos fundos. Lá fomos nós pela estrada fora a menos de 20 km/h de pé na chapa! E eu todo contente. Parecia ele que tinha ganho o euromilhões! Mal sabia eu que seria ao contrário, mas não me importei!
Aos poucos fomos restaurando o Mini, passando por diversas cores, várias alterações a nível mecânico, de interiores e de chassi até chegar aos dias de hoje!
Realmente tenho que gabar o grande homem que é o MEU PAI! Além de me aturar bastante é ele quem tem tido a paciência e o trabalho de alinhar em todas invenções e intervenções feitas no Mini até aos dias de hoje! OBRIGADO PAI!
Um dos episódios que mais me marcou, foi um dia em que tive de ir à inspeção com o pequeno. Em pleno verão – uns 40 °C (fresquinho…) – e à vinda para casa, em plena autoestrada, como vinha «devagar» e sendo o Mini um carro que «não» aquece nada, nem reparei no ponteiro da temperatura. Não reparei porque o ponteiro já estava para além do vermelho! O motor começa a perder compressão, mas nem liguei. Mudança a baixo e lá foi ele. Até que… puff! Deixei de ver a estrada, só fumo! Larguei o carro na berma da autoestrada e fui-me sentar debaixo de um viaduto para não apanhar sol (sim porque estava bastante calor!). Fiquei a olhar para ele a ver quando começaria a arder. Mas não. Fiquei só com um motor completamente estorricado e um pistão furado! Ainda hoje me pergunto onde andará o resto dele!
O proprietário:
Luís Pinto