Olá!

Bem… isto de paixão por carros está no meu ADN pois em casa do meu pai existiam dois carros de bois!!!… Estou a brincar!

Começou bem cedo. Dos meus nove irmãos sou o mais novo e desde que me lembro fui conhecendo os carros deles. Um tinha um ford capri 1600 GT, outro um mini 1275cc GT amarelo (giro!), ainda outro um Toyota Corola de 1970 e troco passo, outro um Fiat 125 1600. Bem belos carros para a época!. Cresci com a paixão de um dia ter o meu próprio carro…

Ainda na minha infância (6-7 anos – isto em 1981-82, pois sou de 1975) lembro-me, muito bem, do Rally de Portugal. Passava na minha aldeia: Covas V. N. de Cerveira!

O meu tempo livre era radical: pastar o gado! (fixe muito fixe!). Assim que ouvia os carros, entregava o gado à sorte de deus e lá estava eu a ver o rally! Quando chegava  a casa o «gadio» já lá estava e depois levava uns calduços. Mas nada que me apagasse a memoria, pois parece que ainda consigo ouvir aquele roncar e sentir o cheiro a borracha queimada!

Belas máquinas: Audi Quatro, Lancia Integral, Renault 5 turbo e muitos outros! Pilotos tais como: Jorge bica, Carlos bica, Michelle Mouton, Ari Vatanen, Walter Röhrl…

Lembro-me dos irmãos Bica irem, dias antes, fazerem alguns troços de reconhecimento. Aparcavam lá em Covas e matavam a curiosidade dando algumas dicas sobre os carros.

Passaram-se alguns anos, tirei a carta de condução, e comprei o meu primeiro carro: um Opel Cadete 1300s. Belo carro… o primeiro nunca se esquece…

Passaram-se mais alguns anos. Troquei o Opel por um Rover 414 GSI, a seguir veio um  Rover 416 GTI, depois um BMW 320i, mais um BMW 325i e um BMW M5 de 1990 (belo carro!). Mais tarde andei com um Toyota Celica 2.0l Turbo 4×4 (bom carro!), até que comprei o MEU Audi S4 em 2002!

Espectáculo! Adorava este maravilhoso carro, pois, inclusive, fez parte de um momento marcante na minha vida: o meu casamento. O carro dos noivos, bem por força das circunstâncias!

Ao fim de muito diálogo, resolvi vender o meu carro, pois gastava muito! Precisávamos de um carro mais económico e lá tive de vender o meu carro em 2004. Pois foi a melhor coisa que me aconteceu! Não porque tivesse que ficar sem ele, mas porque descobri que só aquele carro me dava prazer de conduzir e me preenchia!

Vendi o meu carro o um morador do concelho da Moita (eu também moro no mesmo) e cada vez que o via dizia: lá vai o meu carro!

Tinha de voltar a adquiri-lo! E ao fim de oito anos consegui! Maravilha! O MEU carro voltava a ser MEU!!! Feliz, feliz, feliz!!!

Tenho uma pequena história passada na ponte Vasco de Gama. Estava a meter gasolina quando fui abordado por um indivíduo que queria apostar comigo uma corrida com o seu Subaru Impreza. Disse-lhe que não fazia corridas. Mas ainda antes de sair do posto de abastecimento colocou-se atrás de mim à espera que eu arrancasse. Arranquei devagar e ele colou-se a mim. Entramos na ponte, puxei um pouco pelo carro e ele passou por mim. Deixei-o ir… Mas o bichinho de um jovem com um carrito razoável falou mais alto!! E lá vou eu!! Comecei a pisar o acelerador em quarta, meti-lhe a quinta, estiquei-a bem perto dos 240 km/h, meto-lhe a 6ª  e passei por ele, que até aos 265 km/h, ainda me conseguiu acompanhar, mas depois: tchau!!!

O MEU carro. Vale a pena termos algo que nos dá muito gozo!!!

Um abraço!